domingo, 7 de novembro de 2010

Stay


Eu te abraçava forte, como quem quer dizer que não vai nunca sair de perto. O calor do seu corpo continham os meus soluços; as lágrimas que vez por outra escapavam pelo canto de meus olhos. E naquele momento eu senti um peso imenso nos meus ombros, porque mais do que a chuva, agora o meu mundo caia sobre mim também. E eu segurei a sua mão com força, como se não me permitisse deixar você partir, nunca; era só nisso que eu poderia pensar: te ter junto de mim. Não poderia te perder de novo. Porque quando você foi embora levou consigo os aparelhos que mantem vivo um coração que só bate por você. Não era o tempo. Não era a distância que teríamos que enfrentar no futuro. Era a certeza daquele abraço, daqueles instantes de segurança.

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