domingo, 8 de maio de 2011

Um castanho, um azul


Seus olhos sorriam. Um castanho, um azul. No silêncio de um abraço chorado, de carinhos no cabelo. Seus dedos reprimiam minhas lágrimas. Eu encarava seus olhos. Um castanho, um azul.
Um sem rota, o outro o guiava. Um de céu, um fixo na terra. Seus olhos viajavam sem saír do lugar, sonhavam mesmo estando abertos.
Seus olhos me confortavam. Continham meu choro; seus olhos me abraçavam. Um castanho, um azul.
Seus olhos contaram a sua história. Nunca feche esse livro. Nunca feche seus olhos. Que histórias vão me fazer dormir quando os seus olhos se fecharem?
Não feche os olhos. Deixe que eles contem as suas histórias.
Seus olhos sorriam. Um castanho, um azul.

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