segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Broken Angel


Planava no céu. Iluminava a noite. Passava como uma estrela cadente em meio a escuridão. Sorria para quem a admirava da Terra. Voava, e enquanto voava o vento cortava seu rosto e a adrenalina corria em suas veias. E quando se estendia no céu negro, refletia na lua o colorido do mais belo par de asas que qualquer um já havia visto.
A noite escureceu e as primeiras gotas começaram a cair do céu. Molharam suas asas, seu rosto, o castanho de seus cabelos.
Tropeçou em seus medos, e então, caiu. Foi puxada por uma força que desconhecia. Cruzou o céu em poucos instantes, e, enquanto despencava, quebrou suas asas. Um anjo quebrado atravessava o espaço. Deixava rastros de cores na imensidão negra do céu.
Atravessou a barreira da terra e confortou-se em um buraco escuro. Mesmo quebradas, suas asas atentavam a visão de muitos que passavam pela anja. E na solidão, o brilho de sua asa foi se convertendo em alma. E ganhou brilho os olhos, e ganhou brilho a mente, ao coração.
Perdeu o brilho das asas.
E o tempo passou, e não lhe chamaram mais. E não lhe deram apoio. E lhe deixaram abandonada a própria sorte.
Cresceu-lhe a alma, a bondade.
E um dia lhe foi estendida uma mão. Viram as cores em seus olhos e então, lhe estenderam a mão. Tiraram daquele negro buraco construído por ela mesma. Colocou-se de pé, depois de tanto tempo. Uma mão desconhecida lhe foi estendida, e ali se pois, de pé.
Converteu em alma o que eram suas asas.
Viveu como o mais belo dos anjos, um anjo sem rumo e sem asas.

Um comentário:

  1. Fiz uma visita

    Espero que possa me retribuir

    http://verdorinvisivel.blogspot.com/

    http://tinhahquedizer.blogspot.com/

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