terça-feira, 19 de abril de 2011

Felicidade Extraviada


Naqueles instantes de menta, de mente, de lábios selados, mentiras mal feitas, amores mal contados...
Amigos esquecidos, lábios selados.
Naqueles instantes de felicidade extraviada, deixada como um pacote inesperado na porta de casa.
Os lábios valsando uma dança não ensaiada, se refugiando nos braços inexperientes do parceiro... Valsando uma música nunca ouvida antes.
Olhos fechados, braços dados, valsando nos cabelos cacheados, encaracolados em um labirinto, perdidos, valsando, dançando, pedindo, implorando por uma saída.
Valsando nos caracóis do seu cabelo. Em uma estrada infinita... As mãos mergulhadas nos seus cachos.
Uma lágrima de amor no canto do rosto. Um amor de instantes, de lábios que valsam, que dançam, que se perdem nos seus cabelos.
Um instante de felicidade extraviada...

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Labirinto de Espelhos


Nos teus olhos de labirintos de espelhos eu me perdi, e nos reflexos da tua alma eu vi a beleza dos teus pensamentos.
E eu vi o reflexo de teus prantos, de tuas dúvidas, das tuas paixões. Das tuas lágrimas prateadas.
Os teus olhos são de labirintos de espelhos, e por isso a facilidade de se perder neles. Fui de encontro a tua alma e me perdi nos teus olhos. Na floresta densa que se comprime na tua íris, eu me perdi tentando te encontrar; adentrei em uma aventura sem rumo e sem rota. Me confortei nos seus olhos cansados, corri pela floresta da tua íris.
Me perdi nos teus olhos de labirintos de espelhos.